O condutor da ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), suspeito de vazar as fotos da médica Daniele Barreto, de 46 anos, encontrada morta dentro do Presídio Feminino em Nossa senhora Do Socorro , foi afastado das atividades por 30 dias. A informação foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta quinta-feira (18).
A medida considerou um relatório interno do Samu, que apontou indícios de condutas graves atribuídas ao servidor. O documento considera o comportamento do servidor como inadequado e incompatível com os preceitos constitucionais, que contrariam normas éticas da função pública.
O afastamento temporário visa resguardar o interesse público, como medida cautelar ao andamento do processo administrativo.
O motorista foi apontado como responsável por vazar fotos da médica na última terça-feira (16) pela Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP). Segundo a SSP, após os registros, as imagens foram compartilhadas pelo autor com pessoas próximas a ele e, posteriormente, disseminadas em larga escala.
As informações foram confirmadas em depoimentos prestados pelo investigado e por outros profissionais do Samu.
O autor das fotos poderá ser indiciado pelo crime de vilipêndio de cadáver, previsto no Código Penal. A médica Daniele Barreto era acusada de envolvimento na morte do marido José Lael e havia sido presa preventivamente. O corpo de Daniele foi encontrado horas depois que ela retornou ao presídio, após passar por uma audiência de custódia.
Antes da audiência, ela ficou internada oito dias em uma clínica psiquiátrica, e a prisão domiciliar da médica foi revogada pelo STF no fim do mês de agosto, pois mesmo tendo direito à prisão domiciliar, por ter um filho menor de 12 anos, a guarda da criança está com os avós paternos.
Processo continua
Segundo o Tribunal de Justiça de Sergipe, a morte da ré implica na extinção do processo criminal contra ela. No entanto, em relação aos outros seis réus, o processo, que está em segredo de justiça, continua normalmente.
Os outros acusados de envolvimento no crime permanecem presos.
