Polícia Civil cumpre mandados contra nove servidores da Prefeitura de Cristinápolis por associação criminosa


A Polícia Civil está cumprindo mandados de busca e apreensão contra nove investigados ligados à Prefeitura Municipal de Cristinápolis na manhã desta quinta-feira (21), para apurar crimes relacionados a fraudes em licitação, associação criminosa e peculato. Até o momento, foram apreendidos documentos e equipamentos como celulares e computadores.

As investigações iniciaram após denúncias de que servidores subtraíam peças de veículos, como motores e caixas de marcha, e as destinavam à venda clandestina ou a um esquema intencional de desvalorização de veículos da frota pública para que fossem comercializados em leilões.


Os suspeitos se beneficiavam com a arrematação dos veículos a preços muito baixos nos leilões. O levantamento bancário dos investigados mostra que foram feitas, pelo menos, 285 movimentações suspeitas entre eles.

Ainda segundo a polícia, a Prefeitura de Cristinápolis firmou contratos superfaturados de locação de veículos com seis empresas do ramo. Em um contrato de caminhões pipa é possível observar que, para a cidade de Cristinápolis, custaram R$ 25 mil, enquanto para cidades próximas, o valor saia por R$ 9 mil.

"Na transição de mandato na prefeitura, os carros estavam em plenas condições de funcionamento. Foram solicitadas por três vezes o relatório de transição do governo e, após muito tempo, foi enviado documento com informações precárias e parciais", informou a Secretaria de Segurança Pública.

Com base nas investigações preliminares, o Ministério Público solicitou instauração do inquérito policial e, como o prefeito da cidade, Sandro de Jesus Santos, tem foro por prerrogativa de função, o Tribunal de Justiça avaliou o pedido e autorizou imediatamente. O Instituto de Criminalística (IC) também foi acionado para fazer análises nos equipamentos apreendidos. A operação está sendo chamada de 'Anti-desmanche'.



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