O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs) denunciou que a UFS passa por uma grave crise orçamentária que impacta diretamente na rotina e coloca em risco a manutenção dos serviços ofertados.
De acordo com o Sintufs, faltam recursos para despesas básicas e pagamento dos contratos com empresas terceirizadas e fornecedores.
A precarização atinge ainda a estrutura e os serviços essenciais da universidade. Veículos parados por falta de manutenção, prédios com infiltrações, materiais de limpeza em falta, laboratórios com funcionamento comprometido.
O Sindicato informou ainda que não houve repasse financeiro por parte do governo federal no mês de maio, e não há qualquer previsão de quando isso será regularizado.
O que está em jogo não é apenas o funcionamento da universidade: o fechamento da UFS significaria um enorme prejuízo para toda a sociedade sergipana, com impacto direto no atendimento à população nos hospitais universitários, na suspensão de pesquisas essenciais para o desenvolvimento regional e na interrupção da formação de milhares de estudantes”, afirma o sindicato.
A denúncia foi realizada, nesta última quarta-feira (28), um dia após o governo federal anunciar a recomposição parcial orçamentária para universidades e institutos federais, após o congelamento de R$ 31,3 bilhões do Orçamento de 2025.
De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana (PT-CE), as universidades e institutos federais poderão utilizar cerca de R$ 300 milhões que já tinham, mas não podiam gastar por restrições impostas por um decreto.
O que diz a UFS
A Universidade Federal de Sergipe (UFS) informou que está aguardando o repasse orçamentário do Ministério da Educação (MEC), conforme anúncio realizado nesta semana pelo governo federal.
Também afirmou que depende do envio de recursos para realizar os pagamentos às empresas contratadas e garantir a manutenção de todos os serviços. A administração continua em contato constante com o MEC, no entanto, os valores ainda não foram creditados.