Inquérito que investiga Consórcio Nordeste por compra de respiradores retorna ao STF sob relatoria de Flávio Dino, ex-governador do Maranhão

 

Na prática o ministro Flávio Dino vai julgar atos que ele próprio teve responsabilidade como governador do estado do Maranhão.

Um inquérito foi aberto em 2023 contra o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, ex-governador da Bahia. A investigação apura o escândalo do Consórcio Nordeste, envolvendo a compra de 300 respiradores para o combate à Covid-19, ao custo de R$ 48 milhões. Os equipamentos, pagos com dinheiro público em 2020, nunca foram entregues pela empresa Hempcare Pharma Representações.

Na época, Rui Costa era governador da Bahia e presidia o Consórcio, formado pelos estados nordestinos para ações conjuntas durante a crise sanitária. O episódio, revelado em 2020, gerou grande repercussão política e questionamentos sobre a gestão de recursos públicos.

A Hempcare, empresa especializada em produtos à base de cannabis, não tinha experiência comprovada ou estrutura para fornecer respiradores pulmonares.

Tribunal de Contas da União (TCU), neste ano, analisou o caso e afastou qualquer responsabilidade administrativa Rui de Costa.

No entanto, a investigação criminal permanece em curso e segue sem respostas devido as mudanças nas regras do foro privilegiado. O processo enfrentou paralisações e mudanças de instância em razão dessas alterações.

Agora no STF, caberá ao insuspeito Flávio Dino, ex-colega de Rui Costa no governo federal, decidir os próximos encaminhamentos da apuração.

Isso é o mais completo esculacho da Justiça.

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