Técnica de enfermagem que confessou ter ocultado corpo de companheiro em geladeira em Aracaju tem liberdade provisória concedida


A técnica de enfermagem, de 37 anos, que confessou ter escondido o corpo do companheiro dentro da geladeira em um apartamento em Aracaju, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça. Ela deve deixar o Presídio Feminino, em Nossa Senhora do Socorro, nesta segunda-feira (19), segundo informou a defesa e a Secretaria de Justiça (Sejuc). O corpo do idoso foi encontrado dentro de uma mala na geladeira durante uma ordem de despejo, em setembro do ano passado.

A investigada estava em uma unidade de custódia psiquiátrica na capital desde a descoberta do crime, mas, no último dia 2 de fevereiro, foi levada para a unidade prisional, após um parecer médico apontar que a mulher estava com a saúde mental estável e a Justiça determinar a transferência. A decisão foi revertida após pedido da defesa, que tenta comprovar a insanidade mental da acusada.


Ela não tem necessidade de estar presa, porque ela não causa risco à sociedade. Ela é ré primária e não vai causar dano ao processo”, falou a advogada.
Segundo a advogada da mulher, Katiuscia Barbosa, ela não ficará na mesma casa da filha, já que além da ocultação de cadáver, a técnica responde por maus tratos contra a criança, que à época tinha quatro anos e vivia no mesmo apartamento onde estava o corpo, considerado pela polícia em condição insalubre.

Celso Adão Portella era natural de Ijuí, no Norte do Rio Grande do Sul, mas construiu a vida em Porto Alegre (RS). Radialista e advogado, ele deixou o estado em 2001, quando a mãe morreu, foi para o Espírito Santo e familiares perderam contato. Celso é um de 12 irmãos e deixou quatro filhos no estado.

Ele veio para Sergipe a convite da Universidade Tiradentes, onde trabalhou de 2005 a 2008 como professor e coordenador do curso de direito do campus de Propriá (SE).

Em dezembro, a polícia concluiu que ele foi vítima de traumatismo craniano causado por queda da própria altura, mas a perícia não determinou se houve ou não homicídio, já que não foi capaz de informar se a queda foi espontânea ou provocada. O homem tinha mobilidade reduzida e diagnóstico de doença de Parkinson.

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