13 Estados têm mais gente com Bolsa Família do que empregados


Em 13 dos 27 Estados brasileiros, o número de beneficiários do Bolsa Família ultrapassa o de empregados com carteira assinada, sem contar o setor público. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do Ministério do Desenvolvimento Social, conforme levantamento do  Poder360, divulgado nesta quarta-feira, 12.

No ano passado, essa proporção era de 12 Estados. Agora, o Rio Grande do Norte, que era uma exceção no Nordeste, também registra mais beneficiários do Bolsa Família do que empregos formais: são 522 mil com o benefício contra 458 mil pessoas com registro em carteira.

O Maranhão é o que apresenta a maior relação de dependência do benefício (1,2 milhão), com duas famílias maranhenses recebendo Bolsa Família para cada trabalhador com carteira assinada no Estado. Piauí aparece em segundo lugar, com 640 mil beneficiários e 314 mil empregos formais. Na terceira posição, Amapá tem 127 mil cadastrados no Bolsa Família ante 76 mil empregados com carteira. Ainda estão na lista: Pará, Paraíba, Acre, Alagoas, Sergipe, Bahia, Amazonas, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte.

Antes da pandemia, eram oito Estados com mais benefícios do que empregos formais. Em 2020, o número subiu para dez. Com a criação do Auxílio Brasil, em 2022, passou a ser 12 e, agora, a situação se agravou em mais um Estado.

O aumento do número de beneficiários do programa social é atribuído à ampliação de quase 50% no último ano do governo de Jair Bolsonaro. Nos três anos anteriores, houve um crescimento no número de atendidos, mas, em 2022, o governo ampliou de 14,5 milhões para 21,6 milhões de beneficiários.

Com o Bolsa Família superando o número de empregos com carteira assinada em mais Estados, a dependência do benefício se torna cada vez mais forte.




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