Da superação ao pódio: a história do lutador de jiu-jitsu que perdeu a visão aos 21 anos


Victor Emanuel Santos Souza tem 30 anos, aos 21 ele precisou enfrentar o maior obstáculo da sua vida: a perda da visão. O jovem, que não tinha nenhum problema de saúde, foi diagnosticado com toxoplasmose ocular, mas encontrou no esporte o motivo para não desistir da felicidade.

Na época em que os sintomas começaram a aparecer, Victor nem imaginava pelo que passaria. “Achei que era conjuntivite, mas não era, ela evoluiu para uveíte [inflamação da camada média do olho], atrofiou o nervo dos dois olhos”, conta.

Após receber a notícia que não enxergaria mais, Victor descobriu o esporte, especificamente, o jiu-jitsu. A partir daí, sua vida foi transformada.

“Conheci Felipe, o Japa. Ele perguntou se eu queria conhecer o jiu-jitsu, um amigo emprestou o kimono. Foi amor à primeira vista no esporte, fiz judô também, mas o amor foi maior pelo jiu-jitsu. [...]

O esporte entrou na minha vida como uma coisa magnífica, especial, nunca imaginei ser isso. Deus sabe de tudo. Quando perdi minha visão, o esporte foi uma segunda chance para mim”,

revela Victor.

Atualmente, Victor já participou de diversas competições e subiu ao pódio por várias vezes. Como em Sergipe não há muitos competidores com deficiência, ele treina e disputa com atletas sem nenhum tipo de deficiência.

“Já lutei duas vezes o ParajiuJitsu aqui em Aracaju, fui campeão nas duas, mas normalmente luto com pessoas que enxergam. O último campeonato foi em Estância e fiquei em terceiro lugar”, explica.


Ele serve de exemplo e encoraja outros atletas. “Hoje estou sendo um exemplo. Tinha um faixa preta que tinha deixado de treinar, de competir, e voltou a competir porque me viu competindo”, pontua.

Agora, Victor se prepara para mais um torneio, a 4ª Etapa do Circuito Estadual Tuchê de Jiu-jitsu, que vai acontecer no dia 21 de agosto, porém, o atleta precisa de apoio financeiro para continuar a competir, afinal, há gastos com vestimentas, alimentação, treinos, transporte e custo para inscrição. “Estou me preparando para essa competição, que essa é a quarta etapa, a terceira fui campeão. Sou o primeiro faixa marrom com deficiência. Se eu ficar um dia sem treinar é tristeza total”.

Quem deseja ajudar e incentivar a trajetória dele no esporte, pode entrar em contato pelo número (79) 9 8843-0724 ou financiar pela conta poupança da Caixa Econômica: 1500 000738164637-5 / CPF: 039.330.805-76.

Por Luciana Gois

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